Biografia
Antoine
Laurent de Lavoisier nasceu em 26 de Agosto de 1743 na cidade de Paris. Filho
de um rico negociante ingressou nos melhores colégios de Paris, até entrar no
colégio Mazarín, onde sofreu grande influência, criando forte interesse nas
áreas de matemática, física experimental, astronomia, química, botânica e
geologia, assim, contrariando os interesses de seu pai e tia (pois tinha se
tornado cedo órfão de mãe), que pretendiam que ele cursasse direito para dar
continuidade aos negócios da família. Lavoisier concluiu seus estudos em 1794.
Quatro anos
mais tarde ingressava, aos 22 anos, na Académie des Sciences (Academia de
Ciências): esta o havia distinguido com um prêmio (1766) por seu trabalho
"Mémoire sur le meilleur système d'éclairage” de Paris" (Relatório
sobre o melhor sistema de iluminação de Paris). Em 1771, sob um acordo entre
famílias, Lavoisier casou-se com Marie-Anne Pierrette Paulze, pouco depois do
início do casamento com Lavoisier, Marie-Anne, passou a demonstrar interesse por
suas atividades científicas, transformando-se em sua principal colaboradora em
seus experimentos e tradutora de importantes textos em latim que ofereceram
grande auxílio às descobertas e teorias, principalmente, contra o flogisto.
Lavoisier
com sua esposa, Marie Anne.
Em
1779, Lavoisier passou a se dedicar arduamente aos seus experimentos e teorias
conciliados a profissão de cobrador de impostos, porém dando prioridade aos
seus estudos científicos, quebrou uma das noções químicas mais importantes do
século 18, pois deu fim a teoria do flogisto (teoria que acreditava no ganho de
massa nas reações químicas). Outras importantes contribuições químicas foram a
descoberta do oxigênio, nomenclatura dos elementos e mais tarde, a criação da Teoria
Elementar Da Química e da lei de transformação da matéria ("Na natureza
nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”). Com esses experimentos e
descobertas, Lavoisier tornou-se pai da química e deu início ao período que
chamamos de química moderna.
Todos os
benefícios prestados ao Estado e à Ciência, entretanto, diluíram-se no caos da
Revolução Francesa que se iniciou em 1789. A ligação de Lavoisier com a Ferme
Générale (uma sociedade que tinha o direito de cobrar os impostos), e seu
envolvimento com os nobres e a Monarquia eram malvistos pela população e lhe
trouxeram a fama de corrupto, caindo em desgraça. Os cientistas de toda a
Europa, temendo pela vida de Lavoisier, enviaram uma petição aos juízes para
que o poupassem em respeito a seu valor científico. Coffinhal, presidente do
tribunal, recusou o pedido com uma frase que se tornou famosa "A França
não precisa de cientistas". A acusação, assim, passou de peculato para
traição e Lavoisier foi guilhotinado em 8 de Maio de 1794, com 51 anos. Ao matemático
Lagrange, que sobreviveu a Lavoisier, atribuiu-se uma frase que serviria de bom
epitáfio ao infortunado químico: “Não bastará um século para produzir uma
cabeça igual à que se fez cair num segundo.”
Acusado de corrupção, Lavoisier foi guilhotinado em 8 de Maio de 1794, com
51 anos.
Cartum muito comum nos jornais de 1794.
Contribuições
Científicas
O feito
mais famoso de Lavoisier foi a Lei de Conservação da matéria, onde ele citou a
famosa frase: "Na natureza nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma". Para comprovar isso, ele
fez um experimento onde colocou 65 g de zinco dentro de um vidro contendo 98 g
de ácido sulfúrico e em seguida fechou o vidro. Na reação química que ocorre
entre as duas substâncias há formação de sulfato de zinco e desprendimento de
hidrogênio. A massa do sulfato de zinco somada com a massa do hidrogênio
desprendido foi de 163 g, comprovando-se portanto que a soma das massas dos
reagentes é igual à soma das massas dos produtos.
Além disso
houve outros numerosos feitos como a descoberta de que o oxigênio em contato
com uma substância inflamável produz combustão, causando a derrubada da teoria
do flogisto, que dizia que corpos
combustíveis possuiam uma matéria chamada flogisto, liberada ao ar durante os processos de combustão.
Lavoisier em
seu laboratório, 1773.
Ele também
mostrou que o aumento de peso na combustão não era provocado pela absorção de
fogo. Esta idéia, defendida por químicos famosos como Boyle, foi mostrada ser
errada. Lavoisier provou que o aumento de peso se dava devido à formação de um
"cal" (óxido) com o ar, esse "cal" aquecido com carvão
vegetal liberava o metal.
Caricatura de Lavoisier em 1774.
Lavoisier
criou também diversas nomenclaturas científicas para os elementos e
substâncias, como foi o caso do hidrogênio, originado do grego "gerador de
água", que recebeu esse nome porque durante a combustão o hidrogênio se
combina com oxigênio, dando água. Também denominou o nitrogênio, obtido por ele
na ação do ferro em vapor de água, que significa gerador de nitro, já que é um
dos componentes do nitrato. Lavoisier foi quem descobriu a função do oxigênio
na respiração (junto a Pierre-Simon de Laplace descobriu que a respiração
animal é uma forma de combustão interna sob a ação do oxigênio), nas oxidações,
nas reações químicas e foi também quem propôs o seu nome, que é derivado de
gerador de ácidos.
Lavoisier no desenvolvimento da nomenclatura de diversos elementos químicos.
Antoine
estudou a gipsita, que era utilizada na obtenção do gesso de Paris, bem como a
portabilidade da água de Paris, o problema da adulteração dos alimentos, o
mecanismo das tinturas, o armazenamento da água nos navios e a melhoria da
fabricação de vidro. Ele também construiu diversos aparelhos de laboratório,
entre os quais pelicanos e balanças de alta precisão, que ainda hoje se
encontram nos museus da França.
Ele criou
os conceitos de substância pura, elemento químico e equação química, além de
publicar uma tabela com 32 elementos químicos, já que antes achava-se que
existiam apenas 4 elementos.
Lavoisier
descobriu a composição da água: oxigênio e hidrogênio. Determinou ainda, a
composição de um determinado volume de ar: 78% nitrogênio, 21% oxigênio, 0,9%
gás argônio, 0,03% gás carbônico e 0,07% outros gases, que ele descobriu após o aquecimentode um
recipiente fechado com uma quantidade conhecida de ar, em contato com mercúrio,
que após doze dias, o mercúrio absorvera um quinto do ar existente e
apresentava-se coberto de placas vermelhas; com o novo aquecimento, Lavoisier
fez o mercúrio liberar uma quantidade equivalente de oxigênio.
Em
1784, Lavoisier e Laplace publicaram a descrição de um calorímetro de gelo, que
foi utilizado para vários estudos visando a determinação da capacidade
calorífica específica de metais, calores de dissolução e de reação (como a
combustão do carvão, do hidrogênio, do fósforo)
Além
disso, concluiu de forma genial sobre a reação básica que ocorre na
fotossíntese da matéria vegetal e fez os primeiros estudos da Química Orgânica.
Bibliografia
consultada:
Vídeo:
Equipe:
Aline Lourenço nº2
Ana Luíza Pequeno nº3
Gabriela Bueno nº13
Nicolly Castelo nº28
Sofia Campelo nº34
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